Confederação dos Criadores de BETTA

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Representante:

 

Comissão de Arbitragem

  • Vanessa Zaro Garrio
  • Paulo Faria
  • Lucas Valdivia
  • Márcio Bittencourt
  • Thais do Nascimento Silva

Juizes e Assistentes:

 

Diretoria Técnica

 

 

O BETTA

 

Quando falamos em bettas logo nos vêm à cabeça siglas que muitas vezes nos confundem e talvez não sabemos a que se referem (HM, DT, ST, etc). Sempre estão em conjunto com mais algum nome (Dragon, Plakat, Crowntail, etc) e uma cor (Blue, Dark Red). Geralmente esses nomes estão em inglês, o que nos ajuda a bagunçar ainda mais as informações em nossa cabeça. Pois bem, iremos apresentar aqui, de uma maneira sintética e da forma mais objetiva possível, para que não se faça mais confusão de uma vez por todas, as informações básicas necessárias à compreensão geral de todas essas informações. Quando estudamos todos esses nomes precisamos ter duas coisas em mente: 1º – o que cada nome ou sigla significa. E não basta saber que DT é abreviação de “double tail” e significa cauda dupla. Devemos saber quais são as características de um peixe de cauda dupla. E, assim, tentarmos obter em nossos peixes esses padrões exigidos e cada vez mais buscados para obtenção de peixes competitivos nas exposições; 2º – a qual grupo de características essa sigla pertence, ou seja, se estamos falando de corpo, cauda, nadadeiras ou cores. E temos que separar cada um desses grupos para que possamos saber quais características são compatíveis ou não. Assim sendo, vamos ver cada grupo de características.

1 – Tamanho da cauda

Atualmente temos duas variações, sendo peixes de cauda longa (Long tail = LT) ou de cauda curta (Plakat = PK)

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Cauda longa Cauda curta

 

2 – Ângulo de abertura da cauda

  • Cauda de Véu: É a variação de cauda longa mais comum, normalmente vista nos Bettas de lojas. Hoje a variante mais comercializada, produzida em sistema extensivo.

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  • Cauda em Delta: A cauda delta possui a forma em delta, como o próprio nome diz, a partir do pedúnculo caudal. A amplitude é medida em graus, podendo variar entre 50 a 120 graus.

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  • Super Delta (SD): A variante Super Delta (SD) é mais larga que a cauda em delta. Conforme aumenta a quantidade de raios na cauda, mais aberta ela se apresenta. No caso dos bettas super deltas o ângulo de abertura está entre 130 e 170 graus

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  • Half Moon (HM): Tem o formato de uma meia lua. Cauda com 180 graus, em que os raios têm o mesmo comprimento. É o formato que se busca nos peixes de show, sendo ainda aceitos os Over Half Moon (OHM).

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Cauda meia lua (180 graus)

 

 

  • Over Half Moon (OHM): É maior que o HM. Tem cauda acima de 180 graus.

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Importante salientar que as características do item 1 são compatíveis com as características do item 2. Ou seja, podemos ter um peixe Long Tail Half Moon (LT HM). Ou, ainda, Plakat Over Half Moon (PK OHM). Aliás, podemos ter qualquer característica do item 1 combinado com qualquer característica do item 2.

3 – Número de lóbulos caudais

Os primeiros peixes com cauda Double Tail (DT) foram desenvolvidos pelos indianos por volta de 1950. As caudas podem ser simples (Single Tail = ST) ou duplas (Double Tail = DT). Esses animais são muito utilizados em cruzamentos para melhorar as características da nadadeira dorsal.

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Peixe com cauda dupla (Double tail = DT)

Mais uma vez, salientamos que as características deste ítem (3) podem ser combinadas com qualquer característica dos itens 1 e 2. Assim, para efeito de ilustração podemos ter um peixe de cauda simples, longa, meia lua (Single Long Tail, Half Moon = ST LT HM).

 

 

 

4 – Outros formatos de caudas

 

  • Cauda Redonda (Round Tail) – Caracteriza-se pelo formato arredondado da nadadeira caudal;

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  • Cauda em Coroa (Crown Tail) –Essa variação tem suas caudas e nadadeiras anal e dorsal compostas por vários filamentos que são prolongamentos dos raios e a redução, através de seleção genética, da membrana que liga os raios filamentosos que compõe a cauda desse lindo exemplar;

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  • Cauda em Rosa (Rose Tail) – na qual há ramificações da cauda e a extremidade faz lembrar uma rosa (daí o nome);

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  • Cauda em Pluma (Feather Tail) – Muito semelhante ao anterior, distingue-se pela grande quantidade de ramificações;

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Bettas para julgamento

 

Com a finalidade de produzir bons exemplares para fornecimento de matrizes e show (Exposições), citaremos abaixo os modelos indicados no que tange à forma e ao tamanho para cada exemplar.

 

Betta Long Tail HM (Half Moon)

 

Conforme descreve o manual de julgamento do International Betta Congress (IBC), o Betta long tail (LT) ideal para avaliação em julgamento deve ser equilibrado com o corpo e barbatanas que definem contornos suaves e contínuos ao redor do corpo. O corpo deve ser quase simétrico acima e abaixo de uma linha central intermediária imaginária, com exceção da região frontal da nadadeira anal, onde se encontram os órgãos excretório e reprodutivo. A silhueta das três barbatanas não emparelhadas deve ser tão próxima para um círculo possível com as margens externas das nadadeiras formando um contorno circular contínuo sem lacunas.

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Betta Simétrico Long Tail HM Betta Simétrico Long Tail HM Multiraios

 

 

 

 

Bettas Crowntail – CT

 

Os Bettas Crowntail – CT foram selecionados ao longo de trabalho e são resultado da seleção de indivíduos que tiveram uma redução significativa de membranas entre raios.

São divididos em três classes para avaliação:

 

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Modelo de Betta Crowntail Long Tail HM para exposição.

 

Double Ray (Raio Duplo) – O raio é reduzido em dois níveis; 1 entre um par de raios e o outro (mais profundamente) entre dois ramos. Uma formação caudal com 4 raios e com 8 raios é menos comum e a abertura caudal é limitada.

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Single Ray (Raio Único) – Formação mais simétrica em contorno. As margens são uniformes e presentam uma redução de membranas entre raios mais acentuada. As reduções dos raios são iguais entre os raios primários e raios secundários.

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Cross Ray – No esquema abaixo, essa característica se manifesta por pares de raios primários que se curvam e cruzam entre si. Apresenta uma maior redução de membranas entre em raios em sua extensão.

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Plakats

 

O plakat tradicional é um peixe agressivo forte e pesado com acabamento distinto.

Dorsal – A nadadeira dorsal pode ser uniformemente arredondada ou com o termino em formato de ponta conforme demonstra a foto abaixo:

 

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Photo by Chris Yew Plakat Tradicional

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Foto: Daniella Vereeken – Bélgica

 

 

 

 

 

Plakat Standard – Assimétrico.

 

O padrão de apresentação dessa variação de plakat é o mesmo em quase todos os aspectos aos tradicionais com diferenças em sua dorsal que apresenta ainda uma forma arredondada, mas com a sua parte frontal inclinada e borda em forma de ponta.

Já é possível identificar que o formato da cauda também sofre uma leve alteração com o aparecimento de mais raios originando 4 raios ou mais. A nadadeira anal também sofre uma leve redução em sua parte inferior chegando mais próxima ao corpo e unindo-se à cauda.

 

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Plakat Assimétrico Foto: Joep Van Esch-Holanda

 

 

 

Plakat Simétrico

O Betta Plakat simétrico se diferencia dos bettas assimétricos em dois pontos principais quando se comparam as duas variantes. Primeiramente, a dorsal se apresenta mais alongada no dorso do animal. Há um aumento de raios e consequentemente de membrana a tornando mais retangular e alinhada com a cauda. A segunda característica dos bettas plakats simétricos e a mais importante para a avaliação em shows é a redução pontiaguda da parte inferior da cauda anal, fazendo um leve contorno e finalizando seu curso na nadadeira caudal. A cauda deve permanecer Halfmoon HM e as nadadeiras pélvicas devem se alinhar com a nadadeira anal. Essas são características dos plakats simétricos mais desejadas pelos criadores para as melhorias de seus trabalhos.

 

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Plakat Simétrico Foto: Chandra Wijaia

 

 

 

 

Em outros tópicos, abordaremos outras formas especificas dos bettas como dos Dumbos long tail, Dumbos Plakat, Corwntail Plakat, etc.

Os trabalhos de melhoria são constantes e se faz necessário o estudo das características transmissíveis para que o objetivo seja alcançado.

 

Referências Bibliográficas:

IBC – International Betta Congress – Exhibition Standards Show Season 2016-2017

Esch, J. Van – Betta Territory – The Plakat Proposal – Holanda – Março/Abril, 2008

Flare Magazine – Journal IBC – IBC International Betta Congress.

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